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Foto do escritorCristóvão Feil

A CONECTIVIDADE NAS ESCOLAS PÚBLICAS NO BRASIL É PÉSSIMA

Para traçar um panorama da conectividade na rede pública de ensino do país, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) apresentaram nesta terça-feira, 30, o Mapa Integrado de Conectividade na Educação, uma das iniciativas do projeto Conectividade para Educação, lançado no final do ano passado.


Por meio do mapa é possível constatar que a rede municipal de ensino da Bahia, com 12.761 escolas, a conexão chega em apenas 54,36% delas. Em São Paulo, por outro lado, existe internet em 82,96% das 12.939 escolas municipais.


A ferramenta oferece a gestores e secretários de educação uma análise de parte das cerca de 140 mil escolas municipais e estaduais brasileiras em atividade. Em 27 mil delas, onde há medidores do NIC.br instalados, é possível verificar o desempenho da banda larga, o que permite estimar se ela está adequada ou deficiente.


“Esses 27 mil medidores são os que desenvolvemos para o Programa Inovação e Educação Conectada (Piec), do Ministério da Educação (MEC). Seu número pode aumentar à medida que mais escolas forem instalando medidores, que são distribuidos gratuitamente. Por ora, eles estão em colégios públicos de aproximadamente 3.500 municípios, nas cinco regiões do país”, explica Paulo Kuester Neto, analista de projetos do NIC.br e um dos idealizadores do mapa.


A ferramenta, que reúne bases de dados de diversos órgãos, possibilita também comparar diferentes indicadores de conectividade, como, por exemplo, velocidade de download e upload, latência entre as instituições de ensino e seu entorno, e se a internet é utilizada durante atividades pedagógicas, ou se fica restrita à parte administrativa do colégio.


Selecionado o indicador, quem navega pode escolher qual característica deseja comparar: localização, faixas de velocidade, porte da instituição e série temporal.


De acordo com Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, faltava uma base de dados integrada para informar melhor a situação de conectividade das escolas públicas brasileiras. A ferramenta cumpre essa função e poderá ser fundamental para as lideranças envolvidas na construção de projetos e políticas públicas relacionados ao tema.


“Embora nos últimos anos a gente tenha registrado um aumento no volume de recursos destinados para este fim, tanto em relação à cobertura de sinal quanto à qualidade para o uso pedagógico por docentes e estudantes. Não estamos usando a tecnologia como incentivo à educação brasileira, ao contrário do que muitos países fazem”, apontou Dellagnelo.


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